Tuesday, January 31, 2006

Oh lá lá, Paris!


O Senna atravessa-a mas não a separa. As várias pontes sobre o rio impedem a divisão, unindo e completando as duas margens da grande cidade, cosmopolita, romântica e luminosa, Paris no seu esplendor!
Do alto da torre Eiffel, goza-se uma vista fabulosa para a cidade, aqui por exemplo, o grandioso palácio da Concórdia.
As avenidas cruzam-se e entrecruzam-se, suportando diariamente milhares de veículos e pessoas, residentes e turistas que durante todo o ano entopem e enchem de vida a capital francesa.
Paris é um pouco portuguesa. A presença lusa sente-se a todo o momento, nos transportes públicos, nos hotéis, nos restaurantes, nas lojas… é impossível não nos encontrarmos. Afinal, Paris é a segunda maior “capital europeia portuguesa”.
Caminhar nos Campos Elísios, visitar os museus do Louvre e d’Orsay, apreciar os grandes mestres da pintura mundial, escutar o majestoso órgão da Notre Dame na missa dominical, o cheiro dos croissants que extravasa das patisseries e descobrir os recantos mais escondidos de Monmartre em busca de Amélie Poulain no seu fabuloso destino, perpetuam para sempre, Paris na nossa memória.

Próxima Paragem…

Monday, January 30, 2006

Turquesa Cala Macarella


Lálá lálá lálalá lálá lá (tentativa de reproduzir a música da melhor série juvenil de todos os tempos, Verão Azul!!!)
O Verão ainda vem longe, mas hoje apetece-me ir à praia!
Menorca parece-me o local ideal!
A pequena ilha das Baleares reserva-nos espectaculares recantos para o dolce fare niente!!!!
O azul turquesa das águas convida a banhos demorados e relaxantes. As falésias prateadas que emolduram as calas/enseadas dão um brilho reluzente, ao mar calmo e abrigado, onde descansam veleiros que escondem passados de lutas desiguais com as bravas ondas, não do Mediterrâneo, mas do Atlântico.
Cala Macarella, é provavelmente a mais bonita e uma das menos acessíveis praias da ilha. Queria lá estar agora!
Mesmo ao lado, a pequena Macarelleta, é reservada para naturistas e aventureiros, pois o acesso é íngreme e faz-se entre falésias recortadas e acidentadas. A paleta de azuis enche-se, o mar ganha tons fabulosos e confunde-se com o céu…

Próxima paragem…

Sunday, January 29, 2006

Wicklow, atrás do Arco-íris


A Sul de Dublin, o condado de Wicklow é terra natal de duendes e fadas.
Dizem as inúmeras fábulas e lendas que estes pequenos seres caprichosos, trazem fortuna e sorte a quem os encontrar. Muitas lendas da tradição oral irlandesa, mencionam que os duendes escondem um enorme pote com moedas de ouro atrás do arco-íris…
Mítica, esta terra de História e histórias, apresenta paisagens verdejantes, montanhas rasgadas por pequenos rios e quedas de água que desembocam em bonitos lagos, ladeados de extensas florestas.
Debaixo do enorme manto verde, pontuado de pequenos lagos em rosário, encontra-se uma das maiores riquezas do país, a hulha, carvão natural responsável por parte da produção de energia da Irlanda, que caminha vagarosamente (mas caminha!) para a diminuição da dependência energética. Há quase dois séculos atrás, a hulha foi igualmente um dos suportes da Revolução Industrial. Hoje em dia, além de electricidade é usada após tratamento para a construção de mobiliário.
A singularidade das paisagens de Wicklow tem sido motivo de escolha para a filmagem de diversos filmes, sobretudo épicos, entre os quais “Excalibur”, “Michael Collins” ou “Braveheart”, estando assim imortalizada nas “oscarizadas” películas.

Próxima Paragem…

Tuesday, January 24, 2006

Canais e Ovos moles


Invadida pela Ria, a cidade de Aveiro tem o odor da maresia.
Os canais enchem-se de cor com os tradicionais e alegres moliceiros. Outrora responsáveis pela apanha do moliço, alga característica desta região, hoje constituem embarcações de recreio, exploradas turisticamente, circulando pelos canais até à Costa Nova.
Na cidade, alguns edifícios de estilo romântico, reflectem no canal a tranquila e soberana harmonia entre a terra e o mar, esse mar que se encontra a cada instante, nas lindíssimas calçadas, nos murais de azulejos, nos elementos escultóricos ou nas montras dos restaurantes, recheadas de peixes frescos.
Falar de Aveiro sem mencionar o seu verdadeiro ex-libris, seria um erro. Os ovos-moles são uma tentação, uma doce tentação, quer em barricas, quer nos barcos, quer mesmo nas mais diversas formas marinhas… uma delícia! (por acaso já marchava um!!!!)

Próxima paragem…

Sunday, January 22, 2006

Sahara, o grande deserto


O termómetro já passa dos 40º C e ainda são 8:30 h da manhã…sede, o dia promete!
Espera-me uma das mais míticas e curiosas paisagens do Mundo. Fico ansioso com o guia que não chega…
Afinal, não é todos os dias que se enfrenta o imenso Sahara. Imenso!
Um enorme mar de areia, salteado de pequenos oásis, em que a água é uma preciosidade, mais cobiçada que ouro.
Curiosamente, nenhum outro local além do mar, me transmitiu tamanha tranquilidade e liberdade como o deserto.
Descalço, corro sem direcção, atravessando dunas como sucessivos obstáculos que não findam.
O termómetro aproxima-se dos 50.º C, parecem apenas 20.º C… as frescas roupas que me emprestaram para cobrir a cabeça fazem milagres, sinto-me num quarto com ar condicionado!
A sede persiste. Do nada surge um oportuno vendedor de bebidas geladas, vendidas a preço de água, que como vimos, é mais valiosa que ouro...
Até no deserto funciona a lei da oferta/procura!

Próxima paragem…

Friday, January 20, 2006

A Fábrica da Morte


Revolta, raiva, choque, impotência e um enorme nó no estômago marcam a visita a Auschwitz – Birkenau, na Polónia.
Rostos carregados, olhos humedecidos, assim se percorrem os caminhos frios e enlameados entre cada um dos barracões…
É impossível ficar indiferente à brutal dimensão do holocausto e à da bestialidade humana.
O cinema é pródigo na transmissão de sensações, e por exemplo na “Lista de Schindler”retrata-se essa questão de forma nua e crua. Contudo, nada poderá transmitir o intenso e incómodo cheiro a morte que se respira neste local… nem tão pouco a grandiosidade das atrocidades cometidas entre iguais.
A linha-férrea da imagem, constitui a plataforma de desembarque do maior e mais criminoso campo de concentração. Nesta, realizava-se a triagem de seres humanos como se de mercadorias se tratasse, infelizmente foi para muitos a estação terminal…
De visita essencial, pelo menos uma vez na vida, para que nunca se esqueça…
Tornei-me efectivamente numa pessoa diferente.

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Thursday, January 19, 2006

Leva-me Levada


Gosto de caminhar, gosto muito de caminhar!
Até visitar a Madeira e caminhar por veredas e levadas, não havia percorrido nem vislumbrado, paisagens tão marcantes e envolventes.
As levadas distribuem água por toda a ilha, como se de um aparelho circulatório se tratasse.
Água, água e mais água, fonte de vida, mãe de toda a beleza natural, altiva e singular.
O som das frescas águas acompanha-nos a cada passo, fascinando-nos quando deparamos com quedas que parecem surgir do nada e se perdem no imenso verde e na bruma.
Na levada dos Tornos Altos, a luz é especial, os sons envolventes, os cheiros intensos, o verde contagiante… não a percorremos…percorre-nos!

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Wednesday, January 18, 2006

Bratislava, sempre à espreita


Shiuuuu!!!
Cuidado… Eles estão em todo o lado! Perseguem-nos, espreitam-nos a cada esquina, olham-nos sorrateiramente das sarjetas!... Espionagem ao mais alto nível.
São assim as originais, controladoras e intimidadoras esculturas que povoam o coração comercial de Bratislava.
Atravessada pelo Danúbio, a pequena capital eslovaca surpreende pela irreverência. Esta manifesta-se não só nas esculturas, mas nas recentes opções urbanísticas e arquitectónicas. Exemplos disso são a imponente ponte com pilar panorâmico, de onde se goza uma vista excepcional sobre a cidade e rio; o moderno edifício sede de uma instituição bancária, que mais parece um enorme navio espelhado, ou mesmo nos bonecos “naif” desenhados nas velhas e estragadas janelas, espreitando curiosos nos prédios devolutos do centro da cidade…”nada se perde, tudo se transforma!”

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Tuesday, January 17, 2006

Angra dos Reis, tropicália!


A poucos quilómetros do Rio de Janeiro, Angra dos Reis pintalga de areia branca e fina, as águas tranquilas e cálidas do Atlântico.
O arquipélago compõe-se de inúmeras ilhas, com as mais diversas formas e dimensões. Muitas delas sem nome, passaram a designar-se pelo dos proprietários, entre os quais algumas vedetas brasileiras, mas também portuguesas. Nestas edificaram luxuosas mansões, com todas as comodidades, as quais contrastam com a miséria impregnada a escassa distância, nas cerca de 700 favelas do Rio.
Outrora berço de pescadores, Angra assume-se cada vez mais como destino turístico de elite para a "granfinagem" carioca. A pressão urbanística é notória, e o luxo tende a ser menos luxuoso, continuando a valer certamente, pela baía que harmoniosamente abraça o arquipélago.

Próxima paragem...

Monday, January 16, 2006

Monsanto, aldeia sem rosto


Altiva, a aldeia de Monsanto testemunha as quezílias com os vizinhos espanhois, que marcaram toda a raia.
O longo e tortuoso caminho do castelo faz-se entre penedos e histórias contadas e recontadas pelas verdadeiras guias da aldeia, as entusiastas artesãs das misteriosas bonecas de trapos sem rosto, as Marrafonas. Cada penedo sua lenda, cada pedra sua história, a cada passo uma descoberta.
No castelo, o olhar enche-se com a soberana vista da aldeia cinza, como se de uma única pedra se tratasse.

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Sunday, January 15, 2006

Terra Boa, Má!


Hoje rumamos ao continente africano, Cabo Verde.
Amistoso, transmite-nos calma e entranha-se de tal forma, que apetece ficar.
Na árida Ilha do Sal, encontramos um curioso local designado de Terra Boa. É seco, muito seco! Os animais, sobretudo vacas e cabras, pastam não se sabe bem o quê num estranho mar de terra e calhaus.
As poucas árvores existentes, testemunham a agressividade com que os ventos fortes as tratam, resultando numa paisagem ímpar, e numa terra que tem efectivamente muito pouco de boa!

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Friday, January 13, 2006

Mágica Florença


Grandiosa e imponente, Florença transposta-nos para as economias mercantilistas dos Médici e afins. palácios, igrejas, pontes, museus, tratorias, gelados deliciosos e uma extravagante estadia na Villa San Michelle de onde se goza a mais soberba vista sobre a cidade, transformaram esta viagem em algo mágico!
Cá está, nem mais nem menos, que a não menos mágica e incontornável Ponte Vecchio.

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Thursday, January 12, 2006

Lisboa... Joaninha voa, voa...


Cidade capital: Bairro Alto, Baixa Pombalina, Alfama, Mouraria, Castelo, Fado, Tejo, Noite de Santo António, elevadores, miradouros, pasteis de Belém, feira da Ladra e CCB...TUDO boas razões para voltar sempre!

Quatro saudosos e inesquecíveis anos na Faculdade de Letras, espaço de descobertas, não só geográficas... Descobri a Marlene, mulher da minha vida e mãe da filhota mais linda do mundo, Matilde!

Aqui, vista de Lisboa, a partir do miradouro de Santa Luzia, onde tantas vezes nos descobrimos!

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Wednesday, January 11, 2006

Faro, ponto de partida


Benvindos a bordo!

Aqui começa a viagem. Faro, a minha cidade natal, local de todas as ansiosas partidas e das sempre reconfortantes chegadas.
Faro cheira a mar, a casa e a mãe!
Deixo-vos com o Arco do Repouso, assim denominado por D. Afonso III aqui ter descansado antes da conquista da cidade. Constitui um excelente ponto de partida para descobrir a Vila Adentro... Quem sabe passemos por lá daqui a uns tempos.

Próxima paragem...