Monday, January 21, 2008

DOIS!


Alertaram-me para o facto deste blog ter completado dois anos de existência.
Simplesmente esqueci-me. Na verdade tenho andando um pouco fugidio e o blog fica para segundo plano. Penso sempre em viajar e sobre o que viajei. Penso mesmo que não haverá melhor investimento. Vivo intensamente uns dias e desfruto-os toda a vida!
Foi no passado dia 11 de Janeiro de 2006 que iniciei a viagem. Já cruzámos oceanos, rasgámos os céus, caminhámos sem fim, estivemos literalmente de “papo para o ar” ou assistimos a espectáculos juntos.
Novos destinos estão reservados, efectivamente ou no mais íntimo e profundo desejo. A adrenalina fervilha-me nas entranhas, sempre ansioso por partir, mas também por regressar.
Muito obrigado a todos os meus amigos, leitores e companheiros de viagem.
Apertem os cintos de segurança, endireitem as costas das cadeiras, pois prometo levá-los a novas paragens!

Próxima paragem…

Thursday, January 10, 2008

País das especiarias


Verdejante e luxuriante como nenhuma outra, incrustada de frescas cascatas, adornada de habitações coloridas e pessoas com sorrisos rasgados, Grenada é um pequeno país situado no Mar das Caraíbas. Esta pequena ilha integra as denominadas Antilhas e Grenadinas. Colónia francesa até meados do séc. XVIII, acabou por cair nas mãos dos ingleses em 1783 com a assinatura do Tratado de Versalles. A influência colonial de ambas as potências, ainda hoje se faz sentir na capital Saint George’s, nomeadamente no forte George, verdadeira esplanada para a agitação do porto e para o mar das Caraíbas, testemunho inigualável dos confrontos que marcaram a disputa pela possessão da ilha. A arquitectura, as cores, os gradeamentos e os balcões testemunham a presença demorada dos colonizadores.
Mas se algo caracteriza e identifica este país, sem dúvida que são as especiarias. Num território com pouco mais de 340 km2, concentra-se o maior produtor mundial de noz-moscada. A produção supera a da imensa Índia. Cravinho, canela, pimentas, açafrão, louro, outras especiarias, mas também cacau e bananas, encontram-se um pouco por toda a ilha. Curioso observá-las em estado puro, na natureza. Como não poderia deixar de ser, a economia nacional depende em grande parte deste legado, empregando parte da população. Também o turismo ganha expressão acentuada, nomeadamente com a inscrição do país na rota dos cruzeiros por estas paragens. A cada embarcação renova-se por umas horas a carga turística local. Começa o frenesim dos taxistas, dos vendedores de artesanatos, dos dealers e dos oportunistas que em nome das tradições ancestrais se passeiam adornados de frutos e especiarias na cabeça e no pescoço. Por um punhado de dólares permitem o registo fotográfico para a posteridade. Todos dão um colorido e um quadro cénico singular à ilha.
Este pequeno paraíso fervilha de odores e sabores. Experimentei um saborosíssimo Roti de galinha (espécie de massa de crepe, recheada com galinha e batatas cozidas), ícone da gastronomia local, que obviamente e fazendo jus ao país, se encontrava carregadíssimo de temperos fortes e intensos, nada que um par de cervejas, também locais, não ajudasse a “arrefecer”. Para rematar, coco fresquíssimo, comprado a um dos poucos vendedores que circulam na praia, calma, tranquila e de águas calientes.

Próxima paragem…