Friday, July 06, 2007

Mediterrâneo


Os sons, as cores garridas, os odores fortes do Mediterrâneo desembocaram em Loulé!
Como é grande este Mar. As influências fazem-se sentir muito além das suas fronteiras naturais. Extravasa as suas margens. Desce África, atravessa o Atlântico e chega às Américas, envereda pelas culturas europeias, toca ao de leve a Ásia. É global!
Na sua quarta edição voltei a surpreender-me com a qualidade e originalidade das sonoridades apresentadas no Festival de World Music, que a par do de Jazz, já constitui a expressão máxima da animação do concelho. Para mim, na maior parte dos casos, os nomes do cartaz são uma incógnita. Após os concertos, são uma verdadeira e agradável surpresa. O ambiente criado em cada descoberta sonora, em cada proposta alternativa, em cada arranjo adulterado, em cada roupagem inebriante, contagia, satisfaz e transporta para outras paragens.
As viagens sucedem-se. Da Argélia ao Mali, dos EUA à Roménia, do Irão a Espanha, de Itália à Turquia…sem esquecer as mais recônditas paragens e sonoridades portuguesas. A fusão é transversal, universal e original. Fados com cheiro ao Magreb, canção italiana com reminiscências góticas, metal temperado com salsa… rock, funk, soul travestidos, recriados… o resultado é explosivo e bom.
Desta edição os meus destaques seriam muitos…mas um nome marcou a minha passagem no Festival, um projecto português, carregado de identidade, inovação, uma presença marcante, sonoridade atractiva, uma voz poderosa, um conceito feliz…chama-se Rosa Negra e o álbum de estreia chama-se Fado Ladino. Descubram e deslumbrem-se!

Próxima paragem…