Às voltas por Idanha
Nas voltas das Beiras, a cada virar de esquina tropeçamos em aldeias recônditas, mais ou menos isoladas, em vales encaixados, no topo de colinas, onde quer que estejam dão graça ao caminho. Faço desvios de quilómetros, paragens sucessivas, incursões menos prováveis, na minha câmara fotográfica registo tudo, como dizia o slogan “…para mais tarde recordar…”.
Mergulho na rota das aldeias históricas e patrimoniais. Surpreendo-me. Muito. Idanha-a-Velha promete oito séculos de História e histórias. Lá longe, no seu terreiro de festa, está altiva a Senhora do Almortão, a tal que virou costas a Castela. Sem ser na altura das festas, está só, num descanso apenas interrompido esporadicamente pelas excursões que tem paragem obrigatória nestas bandas.
Dirijo-me para a vila. Meto-me por ruas esguias, apertadas. Das janelas as velhas gritam-me: “- não tem saída senhor! Volte para trás!” E é isso que acontece, por duas ou três vezes ando como os caranguejos, para trás. Tomo a decisão mais apertada. Encostar o carro e percorrer tudo, mas mesmo tudo a pé.
Não há rua que não queira palmilhar, não há miradouro que não queira observar para contemplar em redor, até que a minha vista tudo alcance e se perca, não há escadaria, por maior e tortuosa que seja que não queira subir.
Nas muralhas caídas, corro, salto, desvio-me das pedras à procura dos melhores ângulos. A vista sobre a vila, ali mesmo ao lado, coloca-nos num patamar altaneiro. Vejo a igreja, os telhados entrelaçados que parecem tecer padrões de cores e formas, combinadas metodologicamente, colorindo o céu azul que sobre eles se eleva. Vejo os muros que rasgam as artérias e separam a vila altaneira dos taludes que mergulham abruptos, encosta abaixo até encontrarem a água que corre nos meses chuvosos de Inverno.
Gosto de pormenores, de janelas, de portas, de cantarias, de telhados, de chaminés, de pessoas, de muros, de chãos... Registo-os. No pormenor da foto que vos deixo, na simplicidade das voltas e mais voltas que caracterizam as Beiras, sobressai um ramo, apontamento de bom gosto, igualmente simples. Gosto disso, nas viagens e nas pessoas. Por mais voltas que se dê, por muito que se percorra, mesmo quando parece existir um labirinto sem fim, há sempre algo bom que emana do branco e do vazio. São os tais pormenores que fazem (sempre) a diferença e fazem com que a conquista e o atingir de um objectivo tenha um gosto tão especial.
Próxima paragem…
Mergulho na rota das aldeias históricas e patrimoniais. Surpreendo-me. Muito. Idanha-a-Velha promete oito séculos de História e histórias. Lá longe, no seu terreiro de festa, está altiva a Senhora do Almortão, a tal que virou costas a Castela. Sem ser na altura das festas, está só, num descanso apenas interrompido esporadicamente pelas excursões que tem paragem obrigatória nestas bandas.
Dirijo-me para a vila. Meto-me por ruas esguias, apertadas. Das janelas as velhas gritam-me: “- não tem saída senhor! Volte para trás!” E é isso que acontece, por duas ou três vezes ando como os caranguejos, para trás. Tomo a decisão mais apertada. Encostar o carro e percorrer tudo, mas mesmo tudo a pé.
Não há rua que não queira palmilhar, não há miradouro que não queira observar para contemplar em redor, até que a minha vista tudo alcance e se perca, não há escadaria, por maior e tortuosa que seja que não queira subir.
Nas muralhas caídas, corro, salto, desvio-me das pedras à procura dos melhores ângulos. A vista sobre a vila, ali mesmo ao lado, coloca-nos num patamar altaneiro. Vejo a igreja, os telhados entrelaçados que parecem tecer padrões de cores e formas, combinadas metodologicamente, colorindo o céu azul que sobre eles se eleva. Vejo os muros que rasgam as artérias e separam a vila altaneira dos taludes que mergulham abruptos, encosta abaixo até encontrarem a água que corre nos meses chuvosos de Inverno.
Gosto de pormenores, de janelas, de portas, de cantarias, de telhados, de chaminés, de pessoas, de muros, de chãos... Registo-os. No pormenor da foto que vos deixo, na simplicidade das voltas e mais voltas que caracterizam as Beiras, sobressai um ramo, apontamento de bom gosto, igualmente simples. Gosto disso, nas viagens e nas pessoas. Por mais voltas que se dê, por muito que se percorra, mesmo quando parece existir um labirinto sem fim, há sempre algo bom que emana do branco e do vazio. São os tais pormenores que fazem (sempre) a diferença e fazem com que a conquista e o atingir de um objectivo tenha um gosto tão especial.
Próxima paragem…
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